segunda-feira, 10 de maio de 2010


Gabriel de Araújo, jovem poeta de Sobradinhofoi o ganhador nacional do Concurso de Poesia em Superdotação-2008, promovido pelo Núcleo de Atividades em Altas Habilidades/Superdotação do Distrito Federal – NAAH/S-DF e a Biblioteca Nacional de Brasília em parceria com a governo espanhol, Embaixada da Espanha no Brasil. Aluno do Colédio Barão do  Rio Branco, em Sobradinho, além de poeta, é um leitor, escritor e ilustrador de histórias infantis, as suas prediletas, como também, compositor e músico. Para Gabriel, o prêmio foi muito importante, pois é um incentivo e tanto à sua produção literária que por causa de sua timidez ficava sempre guardada.  
O I Prêmio Talento Literário/Poesia em Superdotação, teve a finalidade de descobrir e estimular o talento literário, mais especificamente a poesia, esta escolha “se deveu ao fato de ser a poesia importante forma de desenvolver a competência técnica do talento, além de possibilitar uma experiência moral que permite uma ressignificação da vida e do mundo”, como afirmou Olzeni Leite, coordenação do projeto)  e Antônio Miranda.  Ao mesmo  tempo, fomentar a integração dos 27 NAAH/S - MEC implantados em todas as Unidades de Federação que objetivam o atendimento e o desenvolvimento dos alunos com altas habilidades/superdotação, dotados de habilidades e criatividade, bens preciosos que redimensionam  valores e conceitos, entre os quais o de riqueza nacional. “Segundo a psicóloga Denise Fleith, o futuro de qualquer nação depende da qualidade e competência de seus profissionais, do cultivo da excelência e das condições favoráveis ao desenvolvimento do talento, sobretudo do talento intelectual”. Premissa norteadora das políticas de países desenvolvidos e, timidamente, no pensamento brasileiro.   

terça-feira, 27 de abril de 2010

Mais poesia...





Se me perguntarem
                          Gabriel Araújo


Se me perguntarem, por acaso,
O que é o famoso poetar,
Poderia escolher, por acaso,
O silêncio e a palavra para dizer,
Com isso eu diria em gracejo,
Que são visões de um Narciso Cego,
E que quando ela chega, sem ver, vejo,
E quando ela vai, por querer, nego;
A poesia é comprometida com a minha e a tua vida,
E com ela, faz escuro, mas eu canto, a todas elas,
Canto por todos os cantos, e conto aos cantos.
És bem dita, um encontro à luz de velas,
A poesia não nos deixará só, nos deixarás a sós,
Ela é a voz que nem mesmo os estatutos do homem
Pode ler no horóscopo para os que estão vivos;
É o efêmero da cura dos românticos feridos;
Se me pergunarem, por acaso,
O que é o famoso poetar,
 Poderia escolher, por acaso,
A canção do amor armado ou cantar;
Com isso eu diria em gracejo,
Que é mormaço na floresta,
É o vento geral-poesia que vejo,
É a lamúria da vida em festa;
A poesia, de uma vez por todas, é o amor em palavras,
É o vento frio num campo de margaridas,
É o vento frio num campo de margaridas,
É a estrela da manhã, que me acorda;
É no adentrar dos homens em mil saídas;
Numa prosa, na arte e ciência de empinar papagaio,
Seja nos versos simples do "Manaus, Amor e Memória",
"Amazônia, pátria de  água", ou na vista pela 
 Menina dos Olhos do Mundo
O povo sempre sabe o que diz, e diz muito;
Mas se perguntarem, por um acaso mero,
O que é o famoso poetar,
Direi em alto, e bom som:
Vá ler Thiago de Mello, ou então meu amigo,aprenda a amar!


Poesia escrita em homenagem ao poeta Thiago de Mello 
Feira do Livro - 2008